Descubra os Gastos que Mais Contribuem para suas Dívidas no Cartão de Crédito

A pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, realizada em outubro/2023, pela Serasa e a Flexpag, em parceria com o instituto de pesquisa Opinion Box, ouviu 11.541 consumidores inadimplentes da base da Serasa de todas as regiões, sendo 52% homens e 48% mulheres. O resultado da pesquisa mostrou quais os principais gastos que contribuem para as dívidas no cartão de crédito dos brasileiros. Confira a seguir quais são eles!

1° lugar: Supermercados (59%)

Surpreendentemente, 59% das dívidas dos brasileiros no cartão de crédito estão associadas a compras em supermercados. Este dado reflete a frequência com que recorremos a esse meio de pagamento para adquirir itens essenciais do dia a dia.

2° lugar: Produtos Diversos (46%)

O segundo lugar é ocupado por produtos diversos, como roupas, calçados e eletrodomésticos, que correspondem a 46% das dívidas no cartão de crédito. Uma indicação clara de que o consumidor utiliza o crédito para suprir suas necessidades cotidianas.

3° lugar: Saúde e Bem-Estar (37%)

Gastos com remédios e tratamentos médicos representam 37% das dívidas, consolidando-se como o terceiro item mais recorrente.

Outros gastos:

Em seguida, aparecem os gastos com compras de alimentos por delivery, como Ifood, Rappi, Uber Eats (21%); e transporte/combustível (21%).

A pesquisa revela também que 53% dos brasileiros endividados consideram as contas de luz, água e gás como a maior parcela do seu orçamento mensal, e que 83% já atrasaram o pagamento de outras obrigações financeiras para priorizar o pagamento de contas de consumo doméstico.

Além disso, o estudo identificou que, para a maioria (82%) das pessoas, o valor dessas contas dentro do orçamento chega a até R$ 750 — quase a metade do salário-mínimo, que atualmente está em R$ 1.320.

Desemprego e Outros Fatores Determinantes

Embora o desemprego tenha registrado uma queda pelo quarto ano consecutivo, ele ainda é citado por 22% dos entrevistados como a principal causa de endividamento.

Atrasos longos no pagamento de dívidas também são comuns entre boa parte dos brasileiros: 74% dos devedores de contas básicas afirmam ter uma pendência atrasada há pelo menos um ano.

A pesquisa destaca ainda que o cartão de crédito mantém sua posição como o principal tipo de dívida entre os inadimplentes, com 55% dos participantes citando-o como dívida não paga, o que representa dois pontos percentuais acima do observado em 2021 e 2022. Esse aumento indica uma necessidade urgente de compreender e gerenciar as finanças pessoais.

Reflexões sobre a Volta à Rotina e Comportamento de Gastos

Vale lembrar que as transações com cartões no Brasil movimentaram R$ 939 bilhões no terceiro trimestre, o que representa uma alta de 9,2%. O destaque principal veio do cartão de crédito, que movimentou R$ 608 bilhões, uma alta de 10,9%. Ao todo, foram 4,5 bilhões de transações feitas nessa modalidade, alta de 11,3%. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Nos anos anteriores à pandemia, no entanto, essa participação já foi maior, de 76% em 2018 e 71% em 2019. Na visão do Serasa, isso mostra que a “volta da rotina fora de casa levou a uma aceleração de gastos com cartão de crédito”.

Conclusão: Priorizando e Gerenciando suas Finanças

Em meio a essas informações, é de extrema importância que sejam adotadas práticas conscientes ao utilizar o cartão de crédito. A compreensão dos gastos recorrentes e a priorização das despesas essenciais podem ser passos fundamentais para evitar o endividamento.

Lembre-se sempre de avaliar seu orçamento, identificar suas prioridades e buscar o equilíbrio financeiro. Esteja atento às mudanças no cenário econômico e adapte suas estratégias de gastos de acordo. Para mais dicas, indicamos a leitura dos materiais abaixo:

– Descubra quais cartões de crédito não cobram anuidade e oferecem juros menores!

– Cartão de crédito: como usar de forma cautelosa e inteligente

– 5 hábitos para uma vida financeira saudável

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Fontes: Valor Investe e CNN Brasil