
Dinheiro e Saúde Mental: Uma Reflexão para o Setembro Amarelo
Setembro é um mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio, um tema delicado e de extrema importância. Em 2024, o Setembro Amarelo traz como lema a campanha “Se precisar, peça ajuda!”, destacando a relevância do cuidado com a mente para evitar situações extremas. Cuidar da saúde mental é um fator importantíssimo nessa prevenção, uma vez que transtornos mentais, como depressão e ansiedade, estão entre as principais causas de suicídio.
Dentre os diversos fatores que podem impactar a saúde mental, o estresse financeiro é um fator significativo, muitas vezes ignorado, que pode agravar condições emocionais e psicológicas. Nesse contexto, é fundamental compreendermos como a saúde financeira pode impactar diretamente o bem-estar mental, especialmente em tempos de incerteza econômica.
Qual a Relação entre Dinheiro e Saúde Mental?
Dificuldades financeiras, como o acúmulo de dívidas ou a incapacidade de manter o padrão de vida, podem desencadear sentimentos de ansiedade e estresse. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desequilíbrios financeiros estão entre os principais fatores que contribuem para transtornos mentais, como depressão e ansiedade.
A insegurança financeira afeta diretamente a qualidade de vida. Problemas com dinheiro resultam em picos de estresse, insônia, cansaço, e impactam negativamente a autoestima. A preocupação constante com as contas a pagar pode trazer prejuízos em vários aspectos da vida, desde as relações interpessoais até o desempenho no trabalho. Não é incomum que indivíduos com problemas financeiros se sintam isolados, evitando conversas sobre dinheiro ou se afastando de amigos e familiares.
Pesquisa Serasa: Impacto das Finanças na Saúde Mental
Uma pesquisa realizada pelo Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, revelou dados alarmantes sobre como as finanças afetam a saúde mental dos brasileiros. Dos 1.766 consumidores entrevistados, 5 em cada 10 relataram ter enfrentado dificuldades financeiras e problemas de saúde mental simultaneamente. Além disso, 76% dos entrevistados afirmaram que passam boa parte do tempo de trabalho preocupados com contas a pagar.
Os efeitos das dificuldades financeiras na qualidade de vida são evidentes: 64% dos participantes mencionaram picos de estresse, cansaço e insônia, enquanto 60% relataram aumento na ansiedade. A autoestima e a qualidade do sono também foram afetadas, impactando 57% e 55% dos entrevistados, respectivamente.
O Ciclo Vicioso das Finanças e da Saúde Mental
Muitas vezes, pessoas que já sofrem com transtornos mentais encontram dificuldades para gerenciar suas finanças, o que pode intensificar seus problemas emocionais. Isso cria um ciclo vicioso: o desequilíbrio financeiro agrava os transtornos mentais, que, por sua vez, dificultam ainda mais o controle do dinheiro. O resultado pode ser uma fobia ou aversão a lidar com questões financeiras, levando ao isolamento e ao afastamento de amigos e familiares.
Prejuízos no Ambiente de Trabalho
As dificuldades financeiras não afetam apenas a vida pessoal, mas também o desempenho profissional. A pesquisa do Serasa revelou que 76% dos entrevistados admitiram que preocupações com dívidas interferem em suas atividades no trabalho. Isso demonstra a importância de buscar apoio, tanto financeiro quanto emocional, para evitar que as preocupações financeiras impactem também o ambiente de trabalho.
Como Reverter ou Evitar Esse Quadro?
A educação financeira surge como uma aliada para prevenir e reduzir os impactos negativos das finanças na saúde mental. Aprender a gerenciar o dinheiro é um passo fundamental para recuperar o controle financeiro e, consequentemente, melhorar a saúde mental. Organizar e controlar suas despesas, definir metas financeiras e buscar orientação especializada podem ajudar a aliviar o estresse relacionado ao dinheiro.
Após finalizar a leitura deste texto, não deixe de conferir as diversas publicações disponibilizadas na área Educação Financeira e Previdenciária em nosso site. Esperamos que elas possam te ajudar!
Pequenos Passos para um Grande Impacto
Além de uma boa gestão financeira, práticas simples do dia a dia também podem ajudar a melhorar a saúde mental. Atividades como caminhadas e momentos de lazer ao ar livre, exercícios de respiração e meditação são ótimos para aliviar o estresse e a ansiedade. Essas práticas, além de serem acessíveis, contribuem para o bem-estar do corpo e da mente.
Se precisar, Peça Ajuda!
Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais ou financeiras, lembre-se de que pedir ajuda é um ato de coragem e não de fraqueza.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e trabalha na prevenção do suicídio. O CVV pode ser contatado pelo telefone 188, ou via chat e e-mail. Clique no link ao lado e conheça o CVV: https://cvv.org.br/.
Conclusão
Cuidar da saúde mental é um passo importante na jornada para uma vida mais equilibrada e feliz, e essa jornada inclui também o cuidado com as finanças. Afinal, saúde mental e financeira andam de mãos dadas, e cuidar de ambas é essencial para uma vida equilibrada e feliz.
Fontes: Correio do Povo; Valor Investe; Setembro Amarelo e Ministério da Saúde.
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